Investimento PETROS
São Paulo – A Justiça do Rio de Janeiro decretou a falência do Grupo Galileo, que controla as instituições Universidade Gama Filho e Centro Universitário da Cidade, Univercidade.
A empresa havia entrado com um pedido de recuperação judicial em 2014, pedido que foi negado pela 7ª Vara Empresarial do estado. Como o grupo de universidades não estava mais atuando desde então, a Justiça declarou que não havia razões para crer que ele poderia se recuperar.
A empresa afirmou que contraiu “passivos de valores elevados” depois de ter comprado a UGF e Univercidade, com 13.000 e 6.000 alunos respectivamente.
Essas dívidas “provocaram um grande desequilíbrio no fluxo de caixa da Galileo, agravado por um considerável nível de inadimplência”, disse o Grupo Galileo em seu plano de recuperação.
Seguindo as dificuldades de caixa do grupo, ele paralisou suas atividades, aulas e cursos. Por isso, o Ministério da Educação e Cultura, o MEC, descredenciou as duas instituições em janeiro de 2014.
Entre seus credores, a empresa cita professores e funcionários, prestadores de serviço, instituições financeiras e órgãos de administração pública, com dívidas em impostos e taxas.
Projeto para se reerguer
O plano de recuperação, que foi negado pela Justiça, apresentava as estratégias da empresa para pagar suas dívidas e “promover a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores”.
Entre as ações previstas, estava a estruturação da linha de negócios de ensino à distância e criação da Galileo Online, venda parcial de ativos e locação de seus imóveis.
O faturamento era de R$ 250 milhões por ano até 2012. Com o plano de recuperação, ela pretendia alcançar R$ 500 milhões de faturamento em 10 anos.
Negado
Ainda que a empresa tenha apresentado análise de sua viabilidade, a Justiça não acatou o pedido de recuperação.
A justificativa foi que o descredenciamento dos cursos pelo MEC e a paralisação das atividades “extinguiu o seu próprio fim social”.
Como o grupo de universidades não estava mais oferecendo aulas ou cursos desde 2014, “não há como se esperar que possa se soerguer”, afirma a decisão judicial.
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