Investidores demonstraram inquietação com a chance de existir conflito entre a diretoria-executiva e o conselho de administração da Petrobras quanto à redução de preços dos combustíveis – informação divulgada na coluna de Lauro Jardim, na edição de “O Globo”, no domingo. A diretoria estaria supostamente a favor do corte de preços e o conselho não por considerar necessário o fortalecimento financeiro da companhia.
Ontem, em nota publicada às 16h38 no Valor PRO, Cláudia Schüffner, especialista do Valor em Petróleo e Gás, escreveu que conselheiros da Petro aguardavam comunicado da companhia, esclarecendo se iria ou não reduzir os preços dos combustíveis. A jornalista apurou que, ao tomar conhecimento do assunto pelo colunista, o presidente do conselho da estatal, Nelson Carvalho, pediu esclarecimentos para o diretor de abastecimento, Jorge Celestino, orientando que fosse feito um esclarecimento ao mercado.
Em resposta a pedido da CVM para que prestasse informação oficial sobre o caso, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse que “não há previsão, neste momento, de reajuste nos preços de comercialização de gasolina e diesel”. Mas que “avalia permanentemente a competitividade de suas práticas e condições comerciais”.
Ou seja, não há decisão tomada ou prevista, mas a porta está aberta. Para além da pressão política, a companhia pode alegar que o preço elevado implica em perda de volume físico de vendas. Pelo sim pelo não, o risco de uso político da Petrobras voltou ao debate.
Reajustes de preços de combustíveis __ para mais ou, em lance inédito nesta década no Brasil, para menos __ têm dupla leitura: afetam o desempenho da empresa e as expectativas para inflação e seus efeitos macroeconômicos. Nesta segunda-feira, as ações preferenciais e ordinárias da Petrobras caíram quase 10%
http://www.valor.com.br/valor-investe/casa-das-caldeiras/4511160/o-pior-dos-mundos
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