SÃO PAULO – A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) divulgou uma prévia do balanço dos resultados contábeis dos fundos de pensão em 2015. Dos 1.122 planos de previdência
complementar, um conjunto de 241 foi responsável pelo déficit de R$ 77,8 bilhões. Como já divulgado pelo Valor, a maior parte desse saldo negativo foi obtida por fundações ligadas a empresas estatais. Déficit significa a diferença entre o patrimônio de um plano e seus
compromissos futuros com benefícios trazidos a valor presente.
De acordo com o órgão regulador, ao mesmo tempo, 393 planos encerraram o ano com saldo positivo de R$ 13,8 bilhões. Outros 488 planos estão em equilíbrio técnico e, em sua maioria, são de participantes que fazem contribuição definida, mas têm renda variável.
A Previc informa que os números, ainda preliminares, são passíveis de variação, em função dos títulos públicos federais atrelados a índice de preços mantidos até o vencimento. Os dados definitivos sairão a partir de julho. Ao considerar a nova regra de solvência (Resolução CNPC nº 22/2015), a Previc estima em R$ 39 bilhões o valor de equacionamentos de déficit a ser dividido entre patrocinadores, participantes e assistidos, a partir de 2017.
“Sob a ótica de supervisão prudencial, a apuração dos resultados apresentados exige atenção, mas não indica comprometimento da solvência agregada do sistema”, afirma o regulador em nota. Segundo a Previc, os resultados apresentados refletem contexto econômico adverso para os investimentos das entidades, sobretudo aqueles realizados em renda variável e crédito privado, relacionados ao desempenho da economia brasileira e do mercado financeiro.
“Adicionalmente, os números foram impactados negativamente pela dinâmica inflacionária de curto prazo, que corrige reservas
matemáticas e aumenta metas nominais de rentabilidade das carteiras, e também pelo aumento de longevidade que induz inequivocamente o aumento dos compromissos dos planos com pagamento de benefícios.”
Muito antes do apocalipse provocado pela “nova matriz econômica”, o futuro dos fundos de pensão de estatais já estava comprometido pelo aparelhamento político. Os princípios e objetivos de gestão indispensáveis à manutenção da saúde do sistema foram abandonados em prol dos anseios de um grupo que se encastelou no poder e passou a tratar o patrimônio público e privado que ficou à sua mercê como se propriedade dele fosse.
Quando culpam a conjuntura, esquecem dois fatores decisivos na determinação dos verdadeiros responsáveis por esse desastre que afeta milhões de pessoas: primeiro, que essa conjuntura é resultado direto da ação deletéria de agentes do mesmo grupo no plano macroeconômico; segundo, que há fundos que se mantêm saudáveis ou foram afetados de forma moderada, mesmo sujeitos ao mesmo cenário.
A diferença entre a compra da Refinaria de Pasadena pela Petrobras e a aquisição das ações da Itaúsa pela Petros, ambos negócios totalmente contra-indicados por qualquer análise prévia séria, é apenas de locais, personagens e objetos. O roteiro e o tema são exatamente os mesmos: negócios previamente identificáveis como ruinosos, decididos entre quatro paredes com exclusão de instâncias necessárias, motivados por objetivos ilegítimos disfarçados com uma roupagem enganadora e ungidos com as bênçãos legitimadoras de órgãos de controle lenientes ou omissos.
Como esses, há muitos outros exemplos, que vão desde o financiamento da construção do porto de Mariel em Cuba até o assassinato da Petrobras via congelamento do preço dos combustíveis associado a um plano de investimentos totalmente estapafúrdio, que incluía a construção simultânea de quatro refinarias e, em paralelo, investimentos em ritmo frenético e anti-econômico no desenvolvimento do pré-sal.
Salvo em guerras, nunca se viu no mundo tamanha destruição de valor.
Estamos saboreando o resultado.
Nem uma demissaozinha. A PREJUIVIC de tudo sabe. Conivência, prevaricação . A justificativa é uma pérola do Tucanes, praticado pelos PÊTÊs.Além dos fatores “mão” econômicos, segurado não morre conforme matematicamente determinado.
Na China…