POR MÍRIAM LEITÃO
31/03/2016 11:15
O déficit dos fundos de pensão saltou 151% em 2015, para R$ 77,8 bi, destaca o “Estadão”. Uma grande parte do rombo é provocada por má gestão. As fundações foram aparelhadas pelo governo e essas indicações políticas provocaram um enorme prejuízo. O governo tratou como se fosse dele o dinheiro da aposentadoria dos trabalhadores do setor público e privado. A conta será paga por nós.
Indicações políticas colocaram no comando dos fundos de pensão pessoas que não tinham capacidade para gerenciar recursos. Os casos de investimentos desastrosos se acumulam. As perdas são imensas, e tem que ser cobertas por trabalhadores e pelas empresas estatais.
Os fundos de pensão investem inclusive em ações. Esses papéis oscilam e podem se recuperar nos próximos anos, mas a maior parte do resultado negativo dos fundos vem de investimentos mal feitos.
O caso do Postalis, dos funcionários dos Correios, é impressionante. Para pagar o rombo, os trabalhadores darão uma contribuição extra de 17,92% dos seus benefícios pelos próximos 23 anos. O “Valor” conta que o fundo de pensão sofreu 48 autos de infração da nos últimos 10 anos aplicados pela Previc, o órgão de controle dos fundos de previdência. As aplicações foram completamente erradas. O Postalis comprou papéis da dívida da Venezuela e títulos de empresas que entraram em recuperação judicial. Foram feitos investimentos em negócios que estão sendo investigadas pelo Ministério Público Federal e pela PF na Lava-Jato.
Como mostra o caso do Postalis, O custo da má gestão é direto. Essas decisões de investimento foram tomadas por indicados políticos. É assim que o governo interfere na condução dos fundos de pensão, tratando dessa forma o dinheiro dos trabalhadores.
O fundo de garantia dos trabalhadores também foi alvo do governo. O “Estadão” de hoje conta que o fundo de investimento do FGTS teve uma baixa de R$ 1 bilhão por prejuízos com a Sete Brasil, a empresa idealizada para fornecer sondas para a Petrobras. O jornal informa que mais de 30% dos recursos do FI-FGTS foram aplicados em empresas investigadas pela Lava-Jato.
A interferência do governo, que age como se fosse dele o dinheiro do trabalhador, provoca os prejuízos mais permanentes. Os indicados políticos fazem investimentos como esses e depois que paga a conta somos todos os nós, trabalhadores e contribuintes.
Indicações políticas colocaram e CONTINUAM COLOCANDO pessoas sem capacidade para gerenciar os fundos de pensão. O atual presidente da Petros foi nomeado em 2015, quando o principal plano do fundo já apresentava o segundo ano consecutivo de resultados catastróficos. Na época, a experiência que tinha na gestão de fundos de pensão era ZERO. Suas credenciais resumiam-se a ser filiado ao PT e ser amigo do Bendine. Se aprendeu alguma coisa nos 12 meses em que está lá, foi à custa de muito prejuízo dos participantes e assistidos.
Puxa vida, quase colonizando Marte mas não conseguiram entender o “ZUMIU” ??? To desconfiado que tá todo mundo nesta, menos os trabalhadores e os aposentados, titicas, e ainda por cima, demoram para dar óbito.