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A pergunta que a Petrobras não conseguiu responder
// Radar on-line – Lauro Jardim – VEJA.com
A conta não fecha
Analistas financeiros debruçados desde a noite de segunda-feira nos números divulgados pela Petrobras ainda não conseguem entender o tamanho da baixa, de quase 34 bilhões de reais no valor contabilizado em campos de petróleo da estatal.
Quando o número saiu, a expectativa era que o preço da commodity utilizado como premissa deveria ser muito baixo, na casa dos 50 a 60 dólares por barril no longo prazo. Mas notas explicativas do balanço mostram que a empresa considerou uma cotação de 72 dólares por barril, em linha com o anunciado em seu plano de negócios, e nem assim tão “conservador” frente ao preço atual, na casa dos 30 dólares.
Mais: outras petroleiras mundiais também realizaram baixas de ativos por esse fator, mas, no pior dos casos, o desconto não chegou à metade daquele feito no balanço da brasileira. Na mesma linha, mudanças na previsão do dólar e no custo do dinheiro, dada a perda do grau de investimento e endividamento maior, afetam a conta, mas não na magnitude apresentada.
Nesse sentido, três analistas ouvidos pelo Radar apostam que uma boa parte da revisão está na postergação de investimento e entrada em operação dos campos – hipótese descartada pela direção em teleconferência – e aguardam mudanças no plano de negócios, a ser divulgado até a metade do ano.
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