A “falta de vergonha” se transforma em “escárnio”

O “sentimento de vergonha”, devido a sua estreita ligação com a ética e a moralidade, é um tema que sempre foi estudado e debatido por pensadores e filósofos, desde os mais remotos tempos!

 

O Prof. Yves de La Taille, doutor em psicologia da Universidade de S. Paulo,  é  autor de um interessante e esclarecedor artigo sobre esse tema.  Segundo ele,  existem cinco pontos básicos que permeiam o “sentimento de vergonha”, a saber :
–  o lugar do juízo alheio e do auto-juízo na experiência da vergonha;

–  o eixo temporal da vergonha (vergonha prospectiva e retrospectiva);

–  as avaliações positivas e negativas deste sentimento;

–  a relação da vergonha com o Eu;

–  a relação entre vergonha e moralidade através do conceito de honra, (ou auto- respeito), como condição necessária ao agir moral.

 

Nos últimos  anos, vários autores deram uma atenção especial ao estudo e análise desse tema, observando que o mesmo já fora tratado por  Aristóteles, Descartes, Pascal, Rousseau, Kant  e outros, atribuindo-lhe um lugar de destaque entre as paixões humanas. O filósofo Sartre  afirmou que a vergonha é “sentimento inevitável de estar no mundo” e o biólogo Darwin, diagnosticou que o “enrubescer é a mais especial e a mais humana de todas as emoções”. Piaget  dizia que o  “elemento quase material de medo, que intervém no respeito unilateral, desaparece progressivamente para dar lugar a este medo todo moral que é o de decair perante os olhos da pessoa respeitada, isto é, sentir vergonha”.  

 

A capacidade de “sentir vergonha”  é essencial ao agir moral. Quem “sente vergonha” por eventuais atos imorais que cometeu, está dizendo ou reconhecendo que agiu mal e está atribuindo um valor moral negativo a esses seus atos. A “vergonha” estaria, então, estreitamente vinculada ao “redimir-se”, ao  “eu”,  ao “auto-respeito”,  ao sentimento de “honra”  que perpassa  toda a humanidade, desde os seus primórdios!

 

A introdução acima é para podermos situar  a “vergonha”, ou a “falta de vergonha”,  no atual momento da vida brasileira.

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A “falta de vergonha” – aquela marca registrada do Sr. Paulo Maluf, no passado, parece  ter  se apossado do cenário atual brasileiro,  atingindo  quase todos os seus escalões e segmentos, passando por políticos, autoridades, Poderes constituídos, Empresas  e seus Gestores!  É impressionante  ver  o pouco valor que esses atores dão à “vergonha na cara”,  ao seu “eu”,  ao seu “auto-respeito”  à “destruição de sua auto-imagem” perante  as  pessoas, a começar por seus familiares, perpassando por todo o espectro de suas relações pessoais e profissionais…

 

O mais lamentável de tudo isso é quando a “falta de vergonha”  se transforma  em  “escárnio” e  em “deboche institucional”!    Isso que a sra. DIImáh está fazendo diante de toda a Nação brasileira, ao insistir  em colocar o facínora e agora ladrão, Sr. Lulla,  como seu Ministro,  para protegê-lo  das mãos da Justiça!  Não há adjetivos que possam retratar o estado de decadência moral de  nosso País, atingido pela “falta de vergonha”  desse Governo e de seu PT-sindical apóstata, principalmente depois do sentimento de “vergonha na cara”  expressado pela população brasileira, em todo o País, no último dia 13!

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Por incrível que pareça, de minha parte, estou torcendo para que esse criminoso seja empossado  como Ministro : o tombo será bem maior e a humilhação será definitiva, quando o STF  colocar esse facínora atrás das grades!

 

O Brasil  não pode se igualar por baixo, a esses desclassificados  “sem vergonha na cara”!….

 

 

Márcio Dayrell Batitucci