Uma quantia que pode variar entre o piso de R$ 2,2 bilhões ao teto de R$ 8 bilhões poderá vir a ser o total da indenização a ser paga pelo banco BNY Mellon de Nova Iorque – à Postalis, fixada pela justiça brasileira pelas fraudes cometidas na administração dos investimentos em carteira.
O BNY Mellon não é uma administradora qualquer. Trata-se da maior administradora de fundos de pensão do mundo. Atualmente é o gestor de 241 fundos no Brasil. Tem sede brasileira no Rio e uma sucursal em São Paulo. Atua no Brasil há 35 anos.
O BNY Mellon não é um banco qualquer: fundado por Alexan- der Hamilton, em 1784, é a instituição financeira em funcionamento mais antiga dos Estados Unidos. Alexander Hamilton foi herói da Independência norte-americana. A marca Mellon é originária do sobrenome de um secretário do Tesouro dos Estados Unidos, que adquiriu o banco de Hamilton.
O seu portfólio é impressionante. Somente na América Latina atua há mais de 100 anos. Mantém escritórios de representação no Brasil, México, Chile e Argentina. Em território brasileiro desfruta de uma licença bancária concedida pelo Banco Central.
Hoje, com mais de US$ 28.5 trilhões em ativos sob custódia e/ ou administração e US$ 1.7 trilhões em ativos sob gestão, está mais investido no mundo do que nunca. É o que afirma, orgulhosamente, o seu portfólio.
Sua história no Brasil começa de fato em 1980, quando The Bank of New York abriu um escritório regional em São Paulo. Alguns anos mais tarde, a Mellon Financial Corporation também abriria um escritório no Rio de Janeiro. Em 2007, essas duas instituições legendárias se uniram para criar o maior fornecedor de serviços financeiros do mundo e uma das melhores companhias de “asset management” globalmente. Foi formado um time único, com uma só marca.
Segundo seu site corporativo em português, Adriano Koelle é “chairman” para a América Latina e “Country Executive” para o Brasil. Com base em São Paulo, é responsável pela cobertura dos clientes por toda a região da América Latina. Ele também colabora com o planejamento estratégico e distribuição de recursos de todos os negócios do BNY Mellon, assegurando um forte comprometimento com o gerenciamento de risco, “compliance” e questões regulatórias, e melhorando a reputação da marca da companhia na região com todos os acionistas. Atualmente, seu “chairman” divide-se entre as duas cidades, Nova Iorque e São Paulo.
Os interlocutores do “chairman” nele constatam um profissional duro na queda e que aprecia usar expressões do jargão bancário-finan- ceiro de Nova Iorque. Uma delas:
– “Todos poderemos estar debaixo do ônibus…”