27/04/2015
A Cromossomo Participações pretende fazer uma nova oferta de aquisição das ações que não possui na empresa de diagnósticos Dasa, desta vez ao preço de R$ 10,50 por papel. Sem a menor explicação, a empresa controlada pelo fundador e ex-dono da Amil revela a intenção de comprar as 78.885.787 ações da companhia de diagnósticos em circulação no mercado por um valor bem menor que o pago na primeira tentativa de fechar o capital da companhia de diagnósticos. No começo do ano passado, na primeira oferta pública, a Cromossomo adquiriu o equivalente a 43,35% do capital da Dasa ao preço de R$ 15 por ação e ficou com quase 72% da empresa. Agora, destinou R$ 828 milhões para expulsar todos os minoritários, ou, se acreditarmos no que dizem os controladores, retirar a Dasa do segmento especial Novo Mercado da BMF&Bovespa.
Para a maioria dos analistas brasileiros, Edson Godoy, o novo controlador da Dasa, deveria explicar melhor como obteve um acréscimo de 10,3% na receita e uma redução de 37,31% no lucro, pois ficou engraçado o aumento de cerca de R$ 120 milhões nas despesas gerais e administrativas e de R$ 19,2 milhões em outras despesas operacionais. Será que por tudo isso, as ações da Dasa passaram a valer a metade? Armando Bello Pinto, o analista português, ficou bestificado em saber que existe a possibilidade da Fundação Petrobras de Seguridade Social, no atual momento de desconfiança, se desfazer da posição de 10%, com uma perda de quase 50%, só para atender o desejo de Edson Godoy. E por que não esperou a divulgação do balanço trimestral para anunciar a OPA?
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