Com a prisão de Vaccari, a Petros “ficou sob responsabilidade do Sr. Wagner Pinheiro”
No curso da negociação de uma delação premiada, o ex-vereador Alexandre Romano (ex-PT), conhecido como Chambinho, apontou o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas teria influência nas indicações para a Petros, fundo de pensão da Petrobras, e que os indicados “sabiam da necessidade do PT em arrecadar”.
No esboço do acordo, ele disse que “todos os indicados sabiam da necessidade do Partido dos Trabalhadores em arrecadar e da importância da Petros” para isso.
Em seu depoimento, Chambinho contou ter sido apresentado a Gabas pelo ex-tesoureiro do PT. Segundo documento obtido pela Folha, Chambinho disse que “o senhor João Vaccari seria o responsável, no PT, pela nomeação em diversos fundos de pensão federais, notadamente Funcef e Petros”.
À PF, Chambinho disse que com a prisão de Vaccari, a Petros “ficou sob responsabilidade do Sr. Wagner Pinheiro [ex-presidente da ECT e da Petros]”, mas que Gabas tinha forte influência.
Com base nesse depoimento, a PF solicitou a quebra de sigilo fiscal, telefônico e bancário de diretores e ex-diretores da Petros.
Quem é Wagner Pinheiro
Foi presidente da Petros entre 2002 e 2010, período que foi marcado por perda de direitos previdenciários dos petroleiros, sendo criado a repactuação e o Plano Petros 2. Como principais casos de péssimos investimentos observam-se os casos Camargo Corrêa-Itausa, Lupatech, BVA/Multiner, aonde foram investidos bilhões de reais dos participantes da Petros.
Durante a sua permanência na Petros Wagner Pinheiro teve como seu chefe de gabinete Antonio Carlos Conquista, presidente do Postalis e apontado por uma gestão que contraria regras de mercado, omite documentos e facilita fraudes.
A trajetória profissional de Pinheiro começou no final dos anos 1980, no antigo Banespa. Foi no movimento sindical dos bancários que ele estreitou relações com o
ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, e com o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, um dos acusados de envolvimento nos escândalos da Petrobras.
Ele também era próximo do ex-ministro Luiz Gushiken, morto em 2013.
Com isso, Pinheiro virou assessor da bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo no início dos anos 1990. E, em 1994, começou a carreira em fundos de
pensão no Comitê de Investimentos do Fundo Banespa de Seguridade Social (Banesprev). Juntamente com a presidência da Petros nos governos Lula, chefiou
também o Instituto Cultural de Seguridade Social (ICSS).
Como presidente dos Correios Wagner Pinheiro resolveu comprar para os Correios, 49,99% da participação societária da Rio Linhas Aéreas S/A, ao suposto preço deR$ 24 milhões. O TCU, entretanto, encontrou inconsistências sobre esse preço, obtido inclusive sem licitação. O património líquido da Rio Linhas Aéreas era de R$ 6,7 milhões e os prejuízos acumulados atingiam R$ 65,6 milhões. Em resumo, a direção dos Correios simplesmente decidu comprar uma empresa em situação financeira de alto risco, sem licitação, e com pareceres contrários no Ministério da Fazenda.
Wagner Pinheiro é Conselheiro de Administração da Fras-le indicado pela PETROS
Enfim, este senhor nesta data é o Conselheiro de Administração da Fras-le indicado pela PETROS, para representar nossos interesses, conforme registrado no Relatório de Atividades da Petros de outubro de 2015.
Ps.- Caso queiram acrescentar, corrigir, etc me encaminhem por e-mail que acrescentarei a este documento e incluirei o remetente como subscritor deste documento, e iremos redistribuir versões aprimoradas.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/01/1732842-ex-vereador-do-pt-negocia-citar-ex-ministro-em-delacao-na-lava-jato.shtml
http://oglobo.globo.com/brasil/wagner-pinheiro-do-fundo-de-pensao-da-petrobras-presidencia-dos-correios-14137156
http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/08/diretoria-do-postalis-facilita-fraudes-diz-correios.html
http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=41334&sid=16
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