Senhor presidente Henrique Jäger ( presidencia @petros.com.br )
Como deve ser de seu pleno conhecimento, reportagem do jornal O Globo de 17/01/2016 transcreve mensagem de 28/02/2014 do então Diretor de Investimentos da Petros, nominado em epígrafe, ao sr. Leo Pinheiro, então presidente da OAS e hoje encarcerado por conta das descobertas da operação Lava a Jato da Polícia Federal.
Nesta mensagem, o nominado agradece a suposta interveniência do destinatário no seu processo de nomeação para o cargo na diretoria da Petros, e coloca-se a disposição para tocar projetos que se entende como de interesse do sr. Pinheiro.
A impropriedade da atitude do sr. Carneiro é flagrante, mas para o caso de restar alguma dúvida, saliente-se:
1 – O sr. Pinheiro não tem absolutamente nada a ver com a Petros, portanto sua interveniência no processo de nomeação de um diretor da Petros é totalmente descabida e absolutamente reprovável, além de suspeita.
2 – O sr. Carneiro não poderia, de forma alguma, tolerar essa interveniência, muito menos agradecer por ela;
3 – O sr. Carneiro muito menos ainda estaria autorizado a acompanhar o agradecimento com o oferecimento de seu patrocínio a eventuais interesses que o sr. Pinheiro viesse a ter dentro da Petros, mormente considerando que o sr. Carneiro colocou à disposição do destinatário seus esforços no sentido de viabilizar projetos da OAS com recursos da Petros – não há outra forma de entender o texto da mensagem. O sr. Carneiro não é, não foi e nunca será dono dos nossos recursos. É ousadia imperdoável oferecer seus préstimos para auxiliar no seu intento a quem decidiu lançar mão deles.
É evidente que essa mensagem desqualifica seu remetente para ocupar qualquer posto que represente a Petros em qualquer instância que seja.
A resposta da Petros ao pedido de comentários do jornal cita que o sr. Carneiro não ocupa mais nenhum cargo na Petros, portanto nada mais caberia fazer. No entanto, o sr. Carneiro, salvo que tenha sido exonerado ou tenha pedido afastamento, é conselheiro eleito por indicação da Petros no CA das Indústrias Romi, com mandato supostamente até março deste ano.
Assim, é imperioso que a Petros, através de procedimento envolvendo as instâncias cabíveis, busque a imediata destituição do sr. Carneiro, mostrando aos participantes que hoje coloca a lisura da gestão acima de interesses pessoais e influências indevidas, ao contrário do que acontecia em 2014, quando esses eventos ocorreram.
Atenciosamente,
Raul Corrêa Rechden