Os preços do petróleo fecharam nesta segunda-feira em seu nível mais baixo em sete anos, afetados pelo imobilismo demonstrado na última sexta-feira pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) diante do excesso de oferta.
O preço do barril de “light sweet crude” (WTI) para entrega em janeiro caiu 2,32 dólares, a 37,65 dólares no New York Mercantile Exchange (Nymex), o mais baixo preço de fechamento desde fevereiro de 2009.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte para entrega no mesmo prazo fechou a 40,73 dólares o barril, com uma queda de 2,27 dólares em relação a sexta-feira.
“O mercado petroleiro está dando um veredito totalmente negativo sobre as conclusões da reunião da Opep de sexta-feira”, resumiu Tim Evans de Citi.
“Claramente, o mercado tem hoje uma ideia precisa da decisão da Opep de abandonar a iniciativa de um teto de produção, após ter demorado em reagir na sexta”, concordou John Kilduff, da Again Capital.
Fiel à posição adotada um ano atrás e mantida há seis meses, o cartel não somente decidiu na sexta-feira em Viena manter seus atuais níveis de produção, como também não fixou uma meta precisa.
“É difícil imaginar como o excesso de oferta será assimilado”, comentou Kilduff.
O alto nível da oferta contribuiu em grande parte para a queda dos preços na segunda metade 2014 e dificulta toda a tentativa de recuperação durante este ano.
“O mercado americano também enfrentou más notícias na semana passada, incluindo o anúncio do departamento de Energia (DoE) de que a produção americana se aproxima dos 9,2 mbd, o que implica muito petróleo no mercado”, ressaltou Gene McGillian, da Tradition Energy.
Finalmente, alguns observadores destacam que o dólar se recupera após uma forte queda registrada na semana passada, e se mantém valorizado, o que afeta as operações petroleiras.
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