Conselheiro da Petrobras na Sete Brasil quer respostas para denúncia

O representante da Petrobras no conselho de administração da Sete Brasil enviou carta aos colegas, na quarta-feira (2), perguntando quais providências foram tomadas para investigar suspeitas levantadas, em delação premiada na Operação Lava Jato, contra o presidente da Sete Brasil, Luiz Eduardo Carneiro. Heber Rezende quer saber quais foram “os desdobramentos” da informação de que o executivo supostamente teve conhecimento sobre esquema de propina em contrato conquistado pela OSX, estaleiro de Eike Batista, em consórcio com a Mendes Júnior. Na época, 2012, Carneiro presidia a OSX.

A carta, que surpreendeu os colegas no conselho, é vista como mais um entrave à recuperação da alquebrada fornecedora — como se já não bastasse a saída de cena do principal negociador da Sete junto à Petrobras, o banqueiro André Esteves, preso há mais de uma semana.

Carneiro foi citado na delação feita em agosto por Eduardo Musa, ex-Petrobras e ex-Sete Brasil. Rezende enviou cópia da delação aos conselheiros e terminou a carta provocando conselheiros fiscais a pedir à empresa que audita os balanços da Sete, a PricewaterCoopers, a “apuração da regularidade dos atos praticados pelo dirigente na Sete Brasil”.

Em nota, a Sete negou qualquer envolvimento de Carneiro com as suspeitas.
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