‘WSJ’: Tempestade na Petrobras, a empresa de petróleo mais endividada do mundo

Matéria publicada no The Wall Street Journal, dia 20 de novembro, por Will Connors e Paul Kiernan, conta que a Petrobras passou grande parte da última década solicitando empréstimos aos bancos estrangeiros para se manter entre as cinco maiores produtoras mundiais de petróleo. A empresa ainda precisa se esforçar para alcançar seus objetivos de produção elevados.Mas ao invés disto, a Petrobras atingiu um título mais duvidosa: Empresa de petróleo mais endividada do mundo, com US$ 127.5 bilhões em dívida, desde 30 de setembro. O motivo são os empréstimos de quase US$24 bilhões, que vencem em 2016 e 2017. Os investidores e analistas estão preocupados com o que está por vir: Reembolso, reestruturação ou estagnação.

A reportagem diz que uma analista do Barclays Bank comentou: "Eu recebi telefonemas de investidores em todos os fusos horários ao redor do mundo", "Não há quase ninguém no planeta que não esteja envolvido com negociação de títulos da Petrobras."A estratégia da empresa com relação a dívida calculada em dólar, foi um tiro no pé, quando o real desvalorizou e o preço do petróleo caiu em comparação ao ano passado". Na última semana, a Petrobras informou que sua dívida total no final do terceiro trimestre aumentou 44% em relação ao final de 2014, na moeda local, valendo R$ 506.580 milhões de reais. Esse valor é quase o equivalente a 18% do produto interno bruto do Brasil no primeiro semestre deste ano. "Estamos muito preocupados com o endividamento da empresa", diz Aldo Muniz, diretor de pesquisa da corretora UM Investimentos do Brasil. "Foi realmente assustador o quanto o dólar subiu." Os problemas da Petrobras destacam a vulnerabilidade da economia global e a dependência das empresas de países emergentes "com necessidade de financiamento barato para alimentar seu crescimento desde a crise financeira global". De acordo com o Fundo Monetário Internacional, a dívida corporativa dos países em desenvolvimento, liderados por China, Brasil, Malásia, Turquia e Indonésia, subiu para US $ 18 trilhões no ano passado, enquanto valia US $ 4 trilhões em 2004.

O jornal americano informa que um relatório do FMI, de setembro, alertou para um aumento provável das falências de empresas dos mercados emergentes, com empresas endividadas na luta com a receita suave e o aumento do valor dos empréstimos. Para amenizar os investidores mais nervosos, no início deste ano, a Petrobras planejou vender US$ 15.1 de ativos em 2015 e 2016, com o objetivo de usar os rendimentos para pagar as dívidas.

http://www.jb.com.br/economia/noticias/2015/11/23/wsj-tempestade-na-petrobras-a-empresa-de-petroleo-mais-endividada-do-mundo/


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