Como a Suécia pretende se tornar o primeiro país livre de combustíveis fósseis no mun do

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Como a Suécia pretende se tornar o primeiro país livre de combustíveis fósseis no mundo
// Revista Época Negócios

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Estocolmo - Suécia (Foto: (Foto: Oke/Wikipedia))Estocolmo, na Suécia: projeto de energia limpa inovador (Foto: (Foto: Oke/Wikipedia))

A Suécia quer se tornar o primeiro país do mundo totalmente livre do uso de combustíveis fósseis. Recentemente, o governo divulgou um plano detalhando os passos para alcançar esse objetivo. A partir de 2016, o país começa a investir 4,5 bilhões de coroas suecas ao ano, o equivalente a US$ 550 milhões (ou R$ 2 bilhões) em diferentes projetos para aumentar a capacidade de geração de energia a partir de fontes limpas (tanto solar como eólica), além de aprimorar a infraestrutura do país para diminuir desperdícios no consumo.

Somente os recursos em geração de energia fotovoltaica devem chegar a 390 milhões de coroas suecas por ano entre 2017 e 2019 – é oito vezes mais do que vem sendo investido até agora. As pesquisas relacionadas ao armazenamento de eletrecidade devem ficar perto de 50 milhões de coroas suecas e 10 milhões serão destinados à melhoria das redes de distribuição inteligentes (smart grids). O plano ainda prevê 1 bilhão de coroas suecas para renovar edifícios residenciais com objetivo de torná-los mais eficientes em relação ao consumo. Outra parte dos recursos será usada para aumentar a frota de veículos não poluentes, incluindo carros da rede pública e privada.

Em outra frente, a Suécia ainda vai destinar perto de US$ 60 milhões ao ano para financiar projetos de energia renovável em países em desenvolvimento. Segundo o governo sueco, a cooperação internacional e o apoio a projetos e infraestrutura em regiões menos desenvolvidas é um passo fundamental para que os países europeus possam ter credibilidade nas negociações sobre o clima.

Referência nórdica

O anúncio do plano para a independência dos combustíveis fósseis foi feito pelo primeiro ministro sueco Stefan Löfven, durante a Assembleia Geral da ONU, que aconteceu em setembro em Nova York e antecipa as ambições do país nórdico, que quer ser referência no uso de energia limpa. Com essa medida, o governo sueco espera enviar um “sinal importante” a todos os países do Ocidente, antes da Conferência de Clima (COP-21), que acontece em Paris, no próximo mês.

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É um movimento importante, sobretudo em um momento em que uma das principais economias da Europa – a britânica – vem recuando no apoio a projetos de energia renovável. Em maio, logo após a última eleição geral, o governo conservador inglês anunciou que iria acabar com os subsídios a energias limpas, com cortes gerais de financiamento para tecnologias renováveis e incentivar o desenvolvimento de fracking (processo usado para extrair gás da rocha de xisto e bastante controverso em função de seus impactos ambientais). O jornal inglês The Independent destacou que, com seu forte posicionamento, contrário a algumas tendências na Europa, a Suécia pode vir a ser um exemplo a todos os países na COP-21.

Os países nórdicos vêm apresentando excelentes resultados em relação ao uso de energia renvovável. Em julho, a Dinamarca conseguiu gerar mais energia do que consome – 140% acima da demanda – apenas com fontes eólicas. Na Islândia, quase a totalidade da eletricidade consumida vem de fontes renováveis, com investimentos em energia hidrelétrica e energia geotérmica.

Meta de longo prazo

No projeto, a Suécia mantém uma previsão de que já a partir de 2020 terá reduzido de forma significativa suas emissões de carbono. O plano, no entanto, ainda não deixa claro qual o tempo necessário para que o país, que tem um alto grau de industrialização, torne-se totalmente independente de combustíveis fósseis. Mas há metas já anunciadas para a cidade de Estocolomo. A capital do país deve tornar-se limpa em geração de energia em 2050.

Atualmente, quase dois terços da eletricidade gerada na Suécia vêm de fontes com baixa emissão de carbono, segundo dados da Bloomberg.

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