Não fosse isso, teria parado e ido cuidar das netas, assim que a fup nos traiu em 2003. Não me conformando, conseguimos derrotar a FUP aqui no Sindipetro LP, ao agregar o descontentamento geral que conseguimos mostrar à base e a expulsamos, de tal forma que nem silva, nem newton, nem negrão, nem alexandre, nem os demais pelegos, apesar de estarem refestelados em cargos traidores, nunca mais conseguiram formar chapa da fup em nossa base.
Fomos atrás da miséria que praticaram em nossos benefícios e, 10 anos após, tive agregado ao meu cálculo os 3 níveis que os traidores me surrupiaram. Falta agora buscar o aporte da inconsequência que os santarosas e diegos da vida enfiaram a nossa fundação.
Em 2008 fomos atropelados e o Senhor, mais o Dr. Maia sentiram isso na pele, na ação civil pública lá na 18º vara. Não descansamos e continuamos nossa luta, incluindo até o desleixo total que as diversas lideranças praticam ao não entrar com mandado de segurança exigindo o cumprimento da decisão.
Quando o Saboya executou sua magistral análise em cima das NTNB/ITSA3 eu era um bobinho no conselho fiscal ao acreditar que aqueles pulhas só queriam nos atingir na questão do estatuto e do regulamento. Tomei um susto e corri para aprender com os excelentes professores que temos neste grupo e, a partir daí comecei uma investigação rigorosa e contínua e formamos um grupo de análise dos nossos ativos, denunciando tudo a todos.
Há praticamente 5 anos que fazemos esse trabalho, envolvendo jornais, revistas e seus jornalistas. Também denunciamos isso aos nossos políticos. Constituímos advogados entramos com representações na previc, na cvm, no mpf, enfim, há todo um arsenal de inconformismo registrado documentalmente.
Nenhum deles até hoje havia sequer mantido contato. Isso só aconteceu a partir do que ocorreu com o surgimento da Operação Lava-Jato. E ainda assim, quando esses jornalistas viam que isso necessitava de um trabalho de investigação rigorosa, viravam as costas, pois havia uma carne putrefata cheirando à vontade e dando luz e plateia às cenas repetitivas que faziam pautados sempre por editores tendenciosos. O Globo chegou a afirmar em editorial que nós estávamos calados porque éramos usufrutuários do rapapé. Chutei o pau da barraca e melei conversas confidenciais que mantinha com um dos seus jornalistas, o Alexandre Rodrigues, MAS NÃO ME ARREPENDI e continuei.
Desistimos? Claro que não, pois ao surgir a Lava Jato nossas esperanças redobraram. Não há como separar a corrupção, o rombo na Petrobrás com a própria gestão da petros, o difícil é provar, pois falta mais documentos e falta abrir contas bancárias e telefônicas, medidas que pertencem aos poderes constituídos. Os atores, todos, são os mesmos e o diretor é um só, o Governo Federal. A plateia somos nós, participantes dos fundos de pensão que pagamos a entrada para assistir um péssimo ato e em muitos casos rir da nossa desgraça.
Nossas denúncias que eram tratadas por vários desses atores como vazias, pela preguiça que tinham em apura-las, começaram a apresentar coerência com o que sempre afirmamos e não porque mudamos o tom ou o foco, mas porque os fatos se somavam à apuração ocorrida na Lava Jato e agora já somos procurados envergonhadamente por alguns jornalistas. Ainda não está como queremos, mas está chegando lá. Ontem tivemos uma agradável surpresa ao ler um artigo da Sueli Caldas, do Estadão, jornalista que vimos informando constantemente sobre o assunto e que nunca nos deu retorno. No artigo ela reconhece a ação deste nosso grupo, grupo esse que obrigou os conselheiros eleitos, comandados pelo Brandão, a virem atrás de nós nessas denúncias, considerando que após o monte de asneira que ele escreveu, incluindo a defesa que fez da sua aprovação da operação Itaúsa no CD, na mais fizeram durante mais de 4 anos. Só agora, quando o óbvio não dava mais para esconder, apontaram nossas denúncias como sendo de autoria deles.
A CPI vai resolver alguma coisa? Vai sim, não a tudo que acontece dentro das fundações, mas a uma grande parte sim, ao trazer luz às nossas denúncias. Isso certamente provocará uma busca dos jornalões e permitirá que a população que ainda lê jornais se conscientize desse problema. Certamente, com tudo isso tornado público, ficar sentado em cima não dará resultado, é necessário alterar a legislação previdenciária. Para isso estamos também conversando com políticos. A lentidão pode ser desesperadora a quem pensa somente na curta duração da nossa existência. Mas nós, creio que é o pensamento do grupo, entendemos que os resultados a serem alcançados estão além das nossas vidas, da nossa existência.
Há do nosso lado pessoas que estão preocupadas tanto com o que ocorre no nosso País, com a corrupção quase endêmica, como com as nossas fundações. São elas que estão nos abrindo várias dessas portas. Conseguimos registrar depoimento gravado no MPF de Brasília, encaminhado à operação Lava Jato a pedido do procurador nº 2. Registramos depoimento na Polícia Federal, delegacia de crimes financeiros. Enfim não estamos parados, seguimos o que a democracia e a legislação permitem.
A constituição de uma CPI, em qualquer das casas, ou em ambas, não vai resolver todos os nossos problemas, mas permitirá a abertura da caixa preta das fundações. Penso inclusive que desta vez poderemos ir a fundo, coisa que não aconteceu naquela outra CPI dos correios quando o poder traidor ainda era forte e o Wágner Pinheiro deitou falação sobre sua idoneidade e do seu grupo ligado ao zé dirceu e ao gushiken. O país está mudando, e devemos acreditar, aliás não só acreditar, mas mudar com ele. Há um evidente recuo desse lixo sindical. O surgimento do juiz Moro não é uma coisa trivial. Apesar da movimentação extemporânea do toffoly, vai ficar muito difícil outra operação melação no stf.
Sérgio Salgado
ET1 – em outras épocas eu diria que melhor era bater na cara deles até cansar, ainda assim, concluo hoje, isso em nada mudaria o comportamento deles só me deixaria cansado.
ET2 – um milhão de pessoas nas ruas aqui em SP não foi pouca coisa, acuou esses trastes
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